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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Células-tronco: Quem são as cobaias?




Pegando um gancho dento do tema das pesquisas com células-tronco, mas buscando um foco novo, quero refletir junto com vocês que lêem o meu blog uma questão espinhenta, controversa, e, muitas vezes, cruel, mas fundamental para o avanço da medicina; falo do uso e abuso de cobaias em pesquisas medicas.


Um novo tratamento clinico, uma nova técnica cirúrgica ou um novo medicamento; é sempre uma ilha, um objeto isolado dentro do laboratório, manipulado por cientista que partem de uma teoria e buscam através das experiências comprovar a eficácia do medicamento, do procedimento cirúrgico ou da terapia, desenvolvida dentro do laboratório. Uma ilha por mais distante que esteja um dia encontra o caminho para o continente, no nosso caso o continente é a universalização das descobertas, a aplicação rotineira das técnicas cientificas dentro de um contesto ético e moral eficaz.


Muitas são as etapas a serem vencidas no caminho da ilha cientifica até o continente humano. Da elaboração da idéia até a aplicação do novo tratamento, etapas são testadas, e em dado momento, um novo elemento é acrescentado ao processo; eu falo das cobaias, animais criados para serem mártires dentro da guerra travada pela ciência contra os mais variados males que afetam o ser humano; ratinhos brancos de natureza dócil, coelhinhos felpudos como aqueles da páscoa e o mais humano dos animais: os macaquinhos, parecidos com aqueles que você leva as crianças para ver no zoológico. Animais gentis que você levaria para dentro de casa, para ser o bichinho de estimação de seus filhos. Estes animaes são martirizados em nome da ciência, eles morrem para que seus filhos possam viver, para que você possa viver e a vida de muitas pessoas possa ser salva. Por mais cruel que seja a sobrevivência de uns depende da morte de outros.


Ao longo dos anos os cientistas foram desenvolvendo medicamentos e terapias que venceram muitas doenças, médicos viraram heróis e desfrutaram das justas homenagens, foram honrados com o Nobel e fortunas foram feitas da noite para o dia, tudo graças ao sucesso das experiências que deram certo, as que deram erradas são escondidas, se os esqueletos das cobaias pudessem falar, fariam um relato arrepiante, delatariam as atrocidades de muitos destes heróis, revelaria a imagens de um filme de horror, como o clássico: o medico e o monstro. Os cientistas por muitas vezes levam ao pé da letra a expressão que diz: os fins justificam os meios.


A ética nos meios científicos é uma imposição, não uma opção, o conceito foi sendo construído ao longo dos séculos, por sobro milhares de vitimas; dissecadas de corpo e alma, em nome do progresso da ciência. Não falo de animais criados para serem cobaias de laboratório, falo daquele espécime que você vê todos os dias pelas ruas, que esta ao seu lado, que nos chamamos pelo nome e sua pedimos a bênção. O animal mais martirizado, torturado, dessecado e escarnecido pela ciência é o homem. Grande parte das descobertas que hoje habitam os hospitais, servem de referencia cientifica, foram construídas dentro dos porões secreto de instituições publicas e privadas, onde cientistas pouco éticos, nome de ideais menos éticas, financiados por governos sem ética, testavam de tudo, de como salvar a como matar.


Vejam esta história: ¨ Eram 400 homens doentes, todos negros. Mas, para os cientistas que os observavam, eles valiam apenas como cobaias de laboratório. Os pesquisadores sabiam qual era a doença deles. Depois de algum tempo, sabiam como curá-la. Apesar disso, negavam-se a dar o tratamento. Apenas registravam metodicamente a piora nas condições de saúde dos doentes. Enquanto isso, os homens morriam, um a um.


Coisa de campo de concentração nazista? Não exatamente. A pesquisa com 400 portadores de sífilis foi feita em Tuskegee, Alabama, Estados Unidos. Terminou em 1972, com uma denúncia da própria comunidade científica, depois de se arrastar por quatro décadas. A penicilina era indicada como tratamento básico para a sífilis desde 1943. ¨


A matéria da revista super interessante mostra como pessoas foram deixadas para morre vitimadas por uma doença que já tinha cura, os cientistas não estavam interessados na vida destas pessoas, mas em estudar sua morte, saber como a doença matava; conhecer suas etapas do começo ate o fim: morte.


Atrocidades cientifica são Coisa de campo de concentração nazista? Não exatamente, os campos de concentração nazistas são referencias em crueldade cientifica, as cobaias humanas eram submetidas a experiências estremas como: queimadura, congelamento, afogamento, e a envenenamento, que normalmente levavam o "paciente" à morte.


Dos anos 1930 aos 60, houve de tudo um pouco: vírus da hepatite inoculado em crianças deficientes mentais, câncer provocado em idosos, cirurgias cardíacas feitas em pessoas saudáveis. Tudo em nome da ciência. Nos Estados Unidos, cerca de 80 abusos do tipo foi documentado pelo anestesista Henry Beecher, professor da Universidade Harvard.

Hoje temos varias leis que forçam os cientistas a terem um mínimo de ética em seus experimentos, leis que incomodam, e que vários cientistas gostariam de ver abolidas, pois retardam o avanço das descobertas e encarecem as pesquisas. Leis que submetem as pesquisas a um protocolo, disciplinado as varias etapas de testes com tipos diferentes de cobaias, entre elas, a cobaia humana.


O que leva uma pessoa a servir de cobaia em um experimento cientifica? Não há segredo: dinheiro, força e desespero são os principais motivos que levam uma pessoa a servir de cobaia humana. Em vários países, pessoas recebem de laboratórios para testar novos medicamentos, fase obrigatória antes que o medicamento seja liberado para venda, no Brasil a suspeitas que levem a crer que uma pesquisa foi realizada com pessoas pobres, aliciadas como cobaias humanas, diz o blog: compromisso consciente: Cobaias Humanas na Amazônia - 100 picadas do mosquito da malária por noite. Foi descoberta uma pesquisa sobre malária no norte do Brasil que usa cobaias humanas. A pesquisa é financiada por uma Universidade Americana que aproveitando da pobreza da população local, PAGA para as pessoas servirem de cobaias, submetendo-se a picadas do mosquito transmissor da malária. ““. Muitas das cobaias sequer sabiam ler. A “universidade americana” é a universidade da Flórida, e a pesquisa também envolveu pesquisadores brasileiros.


A força é um elemento de convencimento eficaz em muitos outros países, presos, doentes e mendigos são submetidos a experiências, como ratos de laboratório, lugares esquecidos do mundo, como a e a Ásia, e a África, onde um multinacional esta sendo acusada de usar crianças para testar um medicamento altamente toxico: ¨A Pfizer, gigantesca multinacional do setor farmacêutico, está sendo processada criminalmente pelo governo nigeriano por testes clínicos com conseqüências altamente nocivas. Em 1996, durante uma epidemia de meningite em Kano, Nigéria, 200 crianças doentes foram objeto dos testes de uma nova droga da Pfizer, o Trovan.


A metade delas foi tratada com o Trovan. A outra com um medicamento concorrente do qual foram aplicadas doses abaixo do necessário, com o objetivo de se garantirem resultados inferiores.


Detalhe: a Pfizer não informou aos paíi das crianças que se tratava de um teste, embora sabendo que o Trovan apresentava efeitos colaterais prejudiciais à saúde e poderia ser impróprio para uso humano, nem que existia um produto comprovado e relativamente barato, o clorofenicol. Fonte: Luiz Eça, jornalista, correio da cidade. ¨


Pessoas acometidas de graves doenças são, em geral, presas fácies para laboratórios e cientistas pouco éticos, são cobaias voluntarias, muitas das vezes, pagão caro para participar de experimentos com poucas garantias de sucesso. Elas estão por toda parte, em todas as classes sociais são de todas as idades de todas as raças falam todas as línguas e confecção todas as religiões, as cobaias do desespero são todas as pessoas que não tem mais nada a perder, gente que esta batendo na porta do paraíso, gente que anda olhando para trás, vendo seus passos serem seguidos pela sombra da morte. As cobaias do desespero apostam sua vida em um jogo de cartas marcadas, onde os cientistas decidem quem deve ou não ter uma chance de viver.


Dentro de um experimento cientifico, as cobaias humanas são divididas em dois grupos, as que são tratados com o medicamento que esta sendo testados, as que recebem placebo, um medicamento falso; a dor e o sofrimento são iguais para todos, mas as chances de cura, não.


A Revista super interessante revela em um artigo: ¨ Há hoje uma briga feia a respeito de pequenos detalhes na Declaração de Helsinque – mais precisamente, por causa de dois dos 32 parágrafos do texto. O motivo da briga é fácil de entender. Um desses parágrafos afirma que o método em estudo deve ser comparado com “o melhor método da atualidade”. Isso quer dizer que os pacientes têm de ser dividido em dois grupos, um tratado com o novo método, o outro tratado com “o melhor método” existente, a fim de se comparar os resultados. ¨ A Declaração se tornou rígida depois que os cientistas americanos Peter Lurie e Sidney Wolfe denunciaram, em 1997, negligência em experiências com Aids feitas em 15 países pobres, como Uganda e Tailândia. Os testes avaliavam o índice de transmissão do HIV da gestante para o feto. Já se sabia que a transmissão para o bebê, durante a gravidez, era muito maior entre mulheres sem tratamento Apesar disso, as mulheres de um dos grupos receberam apenas placebo – ou seja, nada.


Uma expressão do moderno comunismo capitalista Chinês diz: Aonde muitos vêm dificuldade, nos vemos oportunidade. Com pouca ética, muito investimento e muitos voluntários como cobaias humanas, a china esta se transformando em uma das maiores potencias do mundo na ária das pesquisas medicas, um marco destes novos tempos são as experiências com células-tronco, sem restrições, os chineses usam todas as matrizes em suas experiências, seja embriões, fetos ou pessoas. As descobertas feitas dentro dos laboratórios são potencializadas com a pratica em experimentos com cobaias humanas, pessoas desesperadas que colocam a vida em risco subi metendo-se a tratamentos de resultados duvidosos e custos elevados, na China nada é digrassa, nem mesmo a oportunidade de ser uma cobaia. Este é o milagre da moderna ciência chinesa, tirar do caminho os entraves que dificulta as pesquisas e transformar o desespero de muitas pessoas em lucro, afinal ciência é feita com talento, ousadia e dinheiro.


Seria ingenuidade pensar ser possível fazer ciência sem experimentos com cobaias humanas, é ingenuidade acreditar que ética e ciência vão andar juntas como irmãs siamesas, é burrice acreditar que os laboratórios buscam o bem da humanidade; não o lucro abundante. É um fato, absoluto; onde houver uma doença, há verá um doente, há verá um cientista, há verá um laboratório, há verá dinheiro e quase nem uma ética.


Queremos ver as pesquisas com células-tronco avançarem rumo a um tratamento eficaz que leve a cura de muitas doenças, vamos olhar para o futuro sem esquecer as lições do passado, não podemos produzir outra tragédia como a da talidomida, medicamento que criou uma geração de pessoas deficientes, um medicamento que deveria ser seguro, mas que se mostrou devorador de corpo e esperança. As pesquisas com células-tronco devem avanças de forma ética, dentro de todos os protocolos de bio segurança respeitando o ser humano que se dispõe a ser cobaia; mas, não nos enganemos pela falsa boa vontade de cientistas e laboratórios, para eles somos, só, ratos




dentro de um experimento que rendera milhões para quem chegar à frente, para quem decifrar o enigma das células-tronco.

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